quarta-feira, 18 de julho de 2012

O mundo já pode acabar!!! Por Romney Lima (um louco fiel do bando)


Os Maias profetizaram que o mundo iria se acabar em 2012. Tudo bem, pode até ser verdade, mas seria uma sacanagem isso acontecer, sem que o mundo assistisse ao maior título da história do Time do Povo.
04 de julho de 2012, até então o mundo lembrava a independência do EUA. Até então!!! Pois a partir desta data outra Nação conseguiu sua liberdade, ou melhor, sua Libertadores. Desculpe os ianques, mas a Independência corintiana foi muito mais bonita, muito mais honrosa, muito mais emocionante, muito mais histórica, muito mais muito mais...
O processo de independência começou com uma guerra civil em 2011, quando conquistamos o Título Nacional, praticamente de ponta-a-ponta, com uma campanha irretocável e que teve um pouco de tudo – mas ao longo das trinta e oito rodadas nunca ficamos abaixo da terceira colocação e lideramos a maior parte da competição. O Brasil não queria que o Corinthians ficasse independente – não seria interessante uma nova Nação que dividiria o país.
Fevereiro de 2012 tem início uma nova tentativa de independência. Os fanáticos fiéis estavam meio desconfiados – afinal de contas já tínhamos montando exércitos mais fortes e de nada adiantou. Mas isso era um bom sinal, quanto menos chamássemos a atenção do inimigo, melhor – estratégia de guerra.
Três países se colocaram à disposição do Brasil para impedir nossa tão sonhada emancipação – Venezuela, México e Paraguai. Eles vieram com seus exércitos dispostos a impedir o sonho de todo corintiano... de nada adiantou. Passamos por cima como tanques de guerra e terminamos em primeiro no grupo e segundo no geral.
Em abril teve inicio o mata-mata. A partir de agora não podíamos mais errar. Era matar ou morrer. Dessa vez chamaram os equatorianos. Nos atraíram para a altitude pensando em tirar vantagem dos nossos soldados...ledo engano. Quando trouxemos a batalha para o nosso território ao lado do nosso povo, eles tremeram. Mais um país abatido.
Teve início, então, uma tentativa desesperadora do Brasil de impedir a fragmentação do seu território. Mandaram o time que na guerra civil de 2011, tentou nos derrotar. Quem sabe agora, com uma bela revanche, eles impediriam a nossa independência? Quase conseguiram. Dessa vez a nossa marinha foi testada, mas o Almirante Cássio, impediu a tragédia. Com isso, a Nau vascaína naufragou. É, realmente a nossa esquadra marítima era mais poderosa.
E a guerra continuou em alto mar, dessa vez mandaram os “peixes”, até então o melhor exército de toda a América. Agora a frota da Nação não resistiria, eles tinham os melhores atiradores e um dos melhores soldados do mundo. Nos atraíram para um campo minado chamado Vila Belmiro, onde eles eram imbatíveis. Mas o nosso exército tinha uma grande estratégia que o General Tite tinha armado. Tudo deu certo. E saímos da primeira Batalha vencendo em campo inimigo. No nosso território tomamos um susto, mas  saímos vencedores. Abatemos mais um inimigo... O sonho estava muito próximo. As demais nações estavam desesperadas. Será que assistiremos ao surgimento de uma nova Nação? E será que essa Nação vai conquistar o Mundo?
Bem, quando as Nações da América Latina perceberam que isso poderia acontecer, apelaram. Convocaram o exército mais temido de todas as Américas. Um exército que já conquistou tudo o que queria. Todos tinham medo de enfrentá-los. Eles lutavam melhor no território inimigo do que no seu próprio território. Dessa vez, a Nação Corintiana não teria a menor chance. A batalha começou em campo inimigo... E que campo! A temida Bombonera, um estádio mítico que mete medo em qualquer adversário. Perder ali seria fatal. Conseguimos um resultado fantástico, em que brilhou a estrela de um soldado novo que tinha acabado de se alistar no exército alvinegro, e que tem nome de um grande soldado reformado.
A batalha final foi no nosso território, com 40.000 militares prontos para invadir. O inimigo, no início, fingia não sentir a pressão, mas aos poucos foi se rendendo à mais nova Nação que conseguia, de forma heroica, sua Independência. Resultado final: derrotamos 6 países em 14 batalhas e sem perder NENHUMA. A Independência demorou a ser conquistada, mas quando veio, foi de forma triunfal. Sem nenhuma baixa e sem nenhuma dúvida.
Agora é conquistar o mundo, e olha que podemos enfrentar os ingleses, que sempre foram conhecidos por ter uma temível esquadra marítima...mas pra quem atropelou os exércitos daqui....isso não parece ser uma tarefa impossível. Afinal de contas, nos enfrentaremos em território neutro... ops!, nem tão neutro assim. A batalha final será no Japão. E onde fica a maior colônia de japoneses do mundo? Na nossa Nação!!!!!! VAI, CURINTHIANS!!!!!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Apresentação do livro sobre a família Montenegro a ser lançado em dez/2012 (se Deus quiser!)

Montenegro Folia

A ideia surgiu assim, do nada. Gercílio e Ivete em uma conversa bem descontraída resolveram organizar uma reunião da família. A primeira sugestão foi um almoço num restaurante. Mas Imagina o tamanho da mesa para caber todo mundo... Além disso, seria muito impessoal. Então, com pouco tempo e pouco dinheiro, acabaram decidindo fazer uma festa em um espaço alugado, contando com a colaboração de outros irmãos e sobrinhos.
O primeiro Montenegro Folia aconteceu em dezembro de 2009 na Associação do condomínio onde Ivete e Tânia moram. Teve que ser em um lugar de razoáveis proporções porque, como os baianos gostam de falar: “é gente, viu!?” Três gerações de Montenegro, mais suas ramificações e adeptos por identidade e afinidade.
Desde a sua primeira edição o Montenegro Folia já se tornou um marco no calendário familiar. Todo segundo sábado de dezembro é dia de confraternizar. Vem Montenegro de tudo que é parte da Bahia, do Rio de Janeiro, São Paulo, e até de Paris (a caminho de Cingapura). É um evento regado à feijão, acarajé, cerveja e muita música executada pelo Povo de Iolanda, com direito a licenças poéticas em algumas letras para inserir a “Montenegridade”.
Esse dia é trabalhado e aguardado ao longo de todo o ano. Ivete comanda o leme. Recebe os depósitos que são feitos mensalmente por memebros da família e os transforma em alegria de abraços, lágrimas de emoção, lembrança saudosa dos ausentes... um dia é muito pouco, mas é O DIA! Temos é que agradecer pela oportunidade e pela possibilidade da reunião, pois num tempo corrido como o que vivemos, no qual as obrigações cotidianas nos consomem e nos privam das relações afetivas, sem contar a distância separando tantos Montenegros que, por escolha ou destino migraram para outras paragens, ter um dia só para a família é um PRIVILÉGIO.
Mas que família é essa? Pode ser uma entre tantas que surgiu no interior nordestino, em condições adversas, mas que conseguiu superar as dificuldades, crescer e se multiplicar. Pode ser também mais uma daquelas típicas de um tempo sem televisão e sem pílula, vide o tamanho da prole, impossível de imaginar nos apartamentos modernos de 52 m2. As matriarcas viviam grávidas e, por ordem de chegada, cada filho experimentava um pouco da maternidade ou da paterinadade ao “adotar” um irmão mais novo. Isso era praxe.
A família Montenegro é isso tudo e muito mais. Comecemos por Eliezer da Silva e Plácida Montenegro para não nos perdermos em genealogias que poderiam nos levar à Espanha do século XVII. Eles deram início ao grupo familiar que será conhecido nas páginas seguintes. Foram responsáveis pela educação e pela transmissão de valores éticos e morais que constituem, hoje, o maior patrimônio familiar, passado de geração para geração. Ela, mais do que ele. Pois viúva aos 35 anos de idade, com dez filhos, entre 15 anos e 9 meses, conseguiu, juntamente com o mais velho, Gercílio, tomar as rédeas da situação e conduzi-la de forma digna e honesta, lançando as bases nas quais até hoje a família se sustenta e referencia com admiração e gratidão eternas.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Amor ao time, quer dizer, ao TIMÃO!

Por Aline Montenegro

Croniqueta que escrevi em 14/07 para o meu amor enquanto ele assistia ao jogo do Corinthians contra o Internacional. O Coringão ganhou, permaneceu líder do campeonato, mas o homenageado foi ele.
Beijos,
Aline

-        E aí, "rapá", qual é o seu time?
-        Corinthians.
-        Isso em São Paulo, né? E aqui no Rio?
-        Corinthians, ué.
-        Você é paulista?
-        Nasci lá, mas com um ano de idade vim morar no Rio. A única coisa de paulista que tenho é o time.
          
Quantas vezes não ouvi esse diálogo em quase 15 anos de convívio com um Corinthiano?   E ao longo desse tempo tenho me esmerado em compreender o que é ser torcedor de uma equipe esportiva. É um amor que não tem medidas e se expressa em diferentes atos do cotidiano.
            Ao chegar em casa do trabalho, corre para ler o jornal, Caderno dos esportes: - Quais são as novas do Coringão? Para completar, vai para a rede mundial de computadores e visita todos os  sítios possíveis e imagináveis, acompanhando os comentários sobre os jogos, os jogadores, as contratações, a política do clube...
            No lar, tem Corinthians no armário, na porta da geladeira, no papel de parede do computador... na televisão.... Em dia de jogo o mundo para e ninguém chega perto. Ai de quem ousar... E não é que sempre tenho algo interessante a falar nesses momentos?! Pipa recolhe-se em sua depressão. É que a cada lance da partida, principalmente nos gols, ecoam berros, murros e muitos palavrões. A coitada da cachorra pensa que é algo pessoal e coloca-se de castigo. Coitada!
            Após o jogo, se o Timão ganhar, haja programa esportivo: Mesa-redonda, 4 em campo, cartão verde, etc. Mas caso contrário, haja mau-humor!
            Cético em relação a todos os assuntos mundanos. Mas quando é o seu time que está em jogo, o buraco é mais embaixo. Segue algumas superstições, como não atender a nenhum telefonema que venha do seu cunhado Gustavo ou do primo Thiago durante as partidas. Dá azar!
            A loucura pelo time já o fez viajar para São Paulo várias vezes só para ver o Corinthians em campo. Procurar, sem sucesso, um cinema no Rio de Janeiro no qual estivesse passando o filme “Fiel”. Gastar quase um salário inteiro em uniformes oficiais etc. No ano do centenário, 2010, cavou um dia de folga na semana, as 5as feiras, só para garantir os jogos na TV até altas horas das noites de quarta. Pena que, o ano acabou sendo conhecido como o do CenteNADA. NADA de títulos. Decepção!
            Decepção maior foi quando o time desceu para a segundona. A imagem deste torcedor era desoladora. Olhos marejados e fixos na TV, como se não estivesse acreditando no fato... A trilha sonora desta cena foi a torcida cantando alucinadamente: “Aqui tem um bando de louco. Louco por ti Corinthians! Aquele que acha que é pouco, eu vivo por ti Corinthians! Eu canto até ficar rouco! Eu canto pra te empurrar! Vamos, vamos meu Timão […] Não para de lutar.” Foi difícil. Até eu fiquei emocionada com a vibração daqueles loucos naquele momento de pura derrota.
            Eu nunca gostei do Corinthians, mas hoje confesso ter uma certa simpatia. Não tem como não se render às memórias contadas por ele, com todo carinho e empolgação, em tantas viagens entre o Rio e Inoã. São trajetórias de jogadores guerreiros, como Sócrates, história de corinthianos ilustres, como Juca Kfouri,  musiquinhas que são cantadas pela torcida, campeonatos históricos como o fim do jejum de 23 anos, em 1977 – momento em que jura ter se descoberto corinthiano, com apenas 4 meses de vida. O pior é que a mãe dele confirma esse mito. Fazer o quê? Acreditar, né?
            Sua mãe, atualmente ministra da eucaristia na paróquia de N. Sra. Do Perpétuo Socorro já desistiu de tentar fazê-lo ir às missas nos domingos à tarde. Mas até chegar à desistência foram milhares de tentativas.
-        Ô menino! Você não tem fé em Deus não, é? É ateu por acaso?
-        Mãe, tenho fé em São Jorge e sou Católico Apostólico Corinthiano. E a sra, não quer se converter ao Corinthianismo?
            Com todo esse amor e sua catequese, que inclui visitas as “templo sagrado Pacaembu”, permaneço vascaína, fiel ao meu Gigante da Colina. Mas, uma admiradora inveterada de um torcedor apaixonado.

P.S.: O tempo passa, o campeonato rola e agora a líder sou EU. VASCOOOOO!!!!!

domingo, 21 de novembro de 2010

Fumo e fumantes por Joferdeli

"Não sei como se interessa
alguém, pela vida inteira,
num hábito que começa
trazendo náusea e tonteira!

Muito homem culto e notável
faz essa imensa bobagem.
Rende ao vício vassalagem
ridícula e detestável...

Contrastante desconsolo
no viciado se situa;
quanto mais saber possua,
tanto mais se mostra um tolo!

Condenável é o fumante,
não apenas por fumar
mas por viver, irritante,
toda gente a defumar

Inexperientes meninos
são pelo sestro empolgados,
acreditando, coitados,
ficarem mais "masculinos"...

E mulheres delirantes,
nos clubes, no lar, nas praças,
andam soltando fumaças,
assim se crendo "elegantes"!

Pobres de espírito, apenas,
que por doentia vontade,
de um erro incorrem nas penas,
sem qualquer necessidade!

Imensa turba assim anda;
seu arbítrio negligente
fá-la vítima inocente
de nociva propaganda...

Poder-se-ia desculpar
os que contraem tal vício
se o costume de fumar
fosse agradável de início.

Mas não... E o ato pensado
de forçar o próprio gosto,
pôr-se enfermiço, disposto
a transformar-se um viciado.

Resulta estranho e chocante
a quem cultiva o bom-senso;
por isto às vezes penso
ser néscio todo fumante...

Na estapafúrdia atitude
de seu mental defeituoso,
o tabaco é-lhe precioso
mais do que a própria saúde...

Se contrai tosse nervosa
ou mesmo bronquite crônica,
não a julga perniciosa,
mas benigna e até eufônica!

Estar no vício é seu lema,
surdo a qualquer advertência
do câncer ou do enfisema,
da religião ou da ciência...

Mania aviltante e excusa,
tem surto dos mais incríveis,
Que atinge a todos os níveis
da Sociedade confusa!"

P.S. Joferdeli é José Fernandes Lima Filho, meu tio Lima.
Aqui registro seu poema em forma de homenagem, sem esquecer que já fiz parte desse time. Ele tem suas razões, mas não precisava ser tão duro, né? É que às vezes, para cairmos na real, precisamos de palavras pesadas como essas.
Beijos a todos e BOA SEMANA!
Aline

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Para quem mora longe...


Quinta-feira passada, após um agradável happy hour cultural com a Alana, me deparei com uma situação complicada na volta para casa... Para chegar a meu lar (doce e abençoado lar) preciso passar pela Ponte Rio-Niterói.
            Pois bem, embora não fosse mais a hora do rush, peguei um engarrafamento medonho na Ponte. Em princípio achei até bacana, afinal, estava ouvindo músicas muito legais no rádio e colocando a leitura em dia.
            O problema é que em determinado momento me deu aquela vontadezinha. Abstraí e continuei a minha leitura. A vontade apertava, apertava, apertava e apertava... Acho que era de propósito, só porque eu não podia saltar do ônibus. É proibido descer na Ponte. E o trânsito não andava, não andava, não andava... Já estava fazendo dancinhas com as músicas que tocavam.
Não conseguia mais me distrair com a leitura e resolvi olhar a paisagem pela janela. Não foi possível admirar a bela vista do Rio de Janeiro. A Baía inundava a minha visão e instigava a imaginação. Pensava: Ah! se eu fosse homem... mataria a minha vontade por aqui mesmo... direto nas águas da Guanabara. Ai, que alívio seria...
            O tempo passava e eu não conseguia ver o final da Ponte. Parecia que não tinha fim...
            A certa altura, começou a tocar no rádio uma música da Marisa Monte: “Para calar a boca: rícino/Pra lavar a roupa: omo/Para viagem longa: jato/Para difíceis contas: calculadora...” E eu completava a canção: “para quem mora longe: fralda geriátrica”. Ai, dava tudo para estar com uma naquele momento. Mas como não era o caso...
Acho que ninguém notou que de uma hora para outra uma pessoa que estava tão agitada paralisou-se e só se mexeu para descer. Antes, dei uma ligadinha para o Romney, que ia me buscar próximo de casa: “Por favor, forre o banco do carro para não molhar...”

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Tempo, tempo, tempo....

Na verdade, estou aqui para falar da falta dele... Que falta me faz! Tanta vontade de escrever, dar vazão à imaginação e aos sentimentos nos toques deste teclado, mas... primeiro vem a obrigação. E as obrigações me consomem de tal forma que o dia acaba e elas não. São empurradas para o dia seguinte... a semana acaba... o final de semana acaba... só elas não acabam.
O que fazer? Em primeiro lugar agradecer pela oportunidade de ter muito o que fazer. Em segundo lugar, ficar feliz com as realizações. No mais, vale ouvir a música do Lenine como um mantra para não pirar nesse turbilhão de coisas acontecendo ao mesmo tempo.
Beijos e até a próxima.

PACIÊNCIA
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

A vida não pára...

domingo, 12 de setembro de 2010

Happy day or happy end?

Uma troca de e-mails com a minha amiga Francis resultou nesse texto dela. Advinha quem é a amiga do "Hable más"??????
Beijos para minha amiga com muita saudade.

"Querido(a)s amigo(a)s
Como a ordem do momento de minha vida é "casamento", venho recebendo muitos emails sobre o tema e sobre o indefectivo "happy end".
Leio muitos emails de amigas ou conhecidas( mulheres,jovens, bonitas , simpáticas e inteligentes) aflitas com tal questao, e preocupadas em finalmente encontrar um príncipe encantado.
Uma, outro dia ,me disse: "estou feliz por vc, pois sua busca finalmente terminou!"Juro a todos, que me senti na enfermaria de doentes terminais de um hospital!!!!!!!
Bem, todo esse contexto, me provocou inquetacoes múltiplas e entao resolvi dar minha opiniao sobre o tao sonhado "Happy End"!
Eu como boa aquariana que sou, acho que existem outros modos possíveis de se viver a vida, e não somente o de casar, ter filhos e construir a família da propaganda de margarina.
Até pq ,para mim, casar é a consequencia de uma história que, independente de seu tempo, foi se tornando bacana e saudável p duas pessoas, e  vale a pena a ser desenvolvida.
 Casamento, jamais deve ser somente um fim, uma meta a ser alcancada. 
Mais que um "Happy End" , tento lutar para ter muitos "Happy Days"!!!!!!!!!!!!
Eu posso ter um HAPPY DAY sozinha em casa, ouvindo meu rockizinho antigo, tomando um banho demorado, fazendo um brigadeiro e comê-lo  assitindo pela milésima vez um filme na televisão.
Eu posso ter um HAPPY DAY lendo alguma coisa curiosa de um texto histórico, tomando um café com um amigo ou com várias amigas, fofocando, falando coisas fúteis e entre linhas filosofando sobre a vida;
Posso ainda assim, ter um HAPPY DAY caminhando na Lagoa Rodrigo de Freitas,ou nos bosques de Palermo, ou andando de bike em Tigre ou no calcadao do posto 9.Tomando um sorvete e indo ao cinema com mais amigos.
Ou fofocar a tarde interinha de um domingo frio com uma amiga que esta a kilometros de distancia, e que eu morro de saudade! E viva o "Hable Más"!
Eu tive  muitos dias felizes, sentada em uma praça de alimentação de um shopping com várias amigas incríveis!
Eu sou muito feliz quando viajo de carro com o vento batendo em meu rosto e paro na estrada para fotografar um jardim recheado de hortencias ou quando assisto a uma boa peca de teatro e saio emocionada, sonhando o resto da noite!Quando caminho descalça na areia da praia e tomo um  suco ou agua de coco a beira do mar  e escuto, as vezes, aquelas histórias de um hippie maluco que me vem vender bugigangas...
Acho, sem demagogia, que posso continuar sendo feliz sem necessariamente ter um principe encantado, sem ter um filho ou filha para colocar lacinho no cabelo e ensinar o que aprendemos na vida. Até pq sou professora e minha profissao já me permite ensinar de bom grado a um montao de gente!!!!!!!!!!!
 Esse é apenas um modelo de vida. APENAS UM MODELO DE VIDA QUE NOS ENSINARAM A SER O ÚNICO. 
Gostaria sim, de que o cara legal, que agora esta do meu lado, fique por muito tempo... talvez a vida toda .
Estou vivendo com ele, experiencias interessantes e muitas vezes senti emoções inesquecíveis que vao estar para sempre, em minhas memórias e que já fazem parte de minha história.
Talvez tenha filhos, e vou amá-los muito e vou tratar que sejam pessoas do bem e seguramente vou torcer p que eles facam amizades com os filhos dos meus amigos e que todos sigamos sendo uma grande família do coracao!
 Mas, não podemos passar dias e  dias da nossa existência, idealizando a "família doriana" ou nos lamentando porque não conseguimos ainda,ou sonhando em um dia ainda construir.
A vida passa muito rápido!  
Por esse motivo o "Happy End " não mexe tanto comigo: Para mim, ele existe para aprisionar algumas mulheres que estão gastando tempo com uma norma introjetada que elas nem se quer questionam.
Agente,constrói nossa História!! Mas ñ precisamos de Homem para ser quem somos ñ!
 Se queremos  construir uma vida a dois, muito legal, se depois não quiser mais, também é uma opção.
Somos LIVRES ! Eu sei dor e a delicia que é ser Livre.
 Por isso mulheres como nós, que trabalham , estudam, se apaixonam e bancam seu amor, seja ele qual for,e fazem sua trajetória e seus "happy days",me fazem mais sentido do que  o  "happy end".
Admiro e torco pelas histórias de amor, mas sobre tudo as de amor próprio, pq já dizia o dito popular:" quem quer "agradar" a todos acaba ñ agradando ninguém!"
E para  todas as mulheres maravilhosas que ñ consenguem,infelizmente,enxergar que a verdadeira felicidade esta dentro delas....Bem......fecho-me em copas.
Beijos da amiga que adora a  todos de montao!
Perdoem meus erros de digitacao e acentuacao gráfica pela diferenca de teclado!
Fran"